IREL, UMA TRADIÇÃO

                                                                                                                                                               IREL, UMA TRADIÇÃO

                                                                                                             

Os estudos na área de relações internacionais e política exterior do Brasil fazem parte de uma das mais fortes tradições da Universidade de Brasília – UnB. A vizinhança dos centros decisórios de poder nacional (Poder Executivo, Congresso Nacional, Tribunais Superiores) e a presença do corpo diplomático acreditado junto ao governo brasileiro, permitem uma projeção privilegiada para a reflexão especializada feita na UnB tanto que o seu Instituto de Relações Internacionais é o mais antigo e mais importante centro especializado do Brasil e um dos mais tradicionais da América Latina.

Ao longo de sua existência, a área de relações internacionais da UnB já formou mais de dois mil profissionais, entre bacharéis, especialistas e mestres em relações internacionais, em sua maior parte atuando junto às agências do Governo Federal, no Ministério das Relações Exteriores, em organizações internacionais, empresas públicas e privadas e organizações não-governamentais brasileiras e estrangeiras. Os

egressos do iREL também estão bem situados no meio acadêmico especializado.

O IREL mantém um Bacharelado e e um Programa de Pós-Graduação, stricto sensu (Mestrado e Doutorado) e lato sensu (Especialização em Relações Internacionais e em Negociações Comerciais Internacionais) . Desse modo, atualmente o Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília mantém programas de formação de quadros especializados em todos os níveis .

Fundada em 1974, a área de Relações Internacionais da Universidade de Brasília esteve organizada, ao longo da maior parte da sua história, em duas unidades distintas – uma, localizada no Departamento de Relações Internacionais, e a outra, situada no Departamento de História. Em 2000 o Corpo Docente do Departamento de Relações Internacionais, em conjunto com a área de História das Relações Internacionais do Departamento de História, decidiram propor à Direção Central da UnB a criação de um Instituto de Relações Internacionais, processo que se concluiu em 2003. Assim, o iREL tornou-se o centro do processo de reorganização da área de relações internacionais na nossa universidade, que levou à criação em 2002 do mais moderno Programa de Pós-Graduação especializado existente no país, com a agregação de duas áreas de concentração, que reúnem politólogos e historiadores das relações internacionais. O novo programa rompe o nefasto isolamento departamental tão característico das ciências sociais no Brasil e espelha a organização dos programas de pesquisa em vias de desenvolvimento. Além disso, faz com que o Instituto de Relações Internacionais seja mais do que nunca, um lugar de encontro de diferentes perspectivas teóricas e metodológicas que partilham um único objeto de estudo, e que têm a mesma ambição de produzir reflexão especializada de alto nível.

 

 

No período compreendido entre 1976 e 1984 a UnB promoveu, com certa regularidade, importantes eventos nacionais e internacionais (simpósios, seminários e conferências), reunindo alguns dos mais renomados cientistas sociais e especialistas em Relações Internacionais do Brasil e do exterior, a exemplo de Karl Deutsch, Raymond Aron, Henry Kissinger, Ernest Gelner, F. A. Hayek, Laszek Kolakowski, Maurice Duverger, Robert Dahl, Giovanni Sartori, Hélio Jaguaribe, Celso Lafer, Norberto Bobbio, Afonso Arinos e Gilberto Freyre. As contribuições apresentadas pela maioria dos conferencistas, foram transformadas em livros, publicados pela Editora da UnB, que instituiu também a Coleção Pensamento Político, cujo primeiro volume é o consagrado livro de Karl Deutsch (1982), “Análise das Relações Internacionais”. Outra iniciativa da UnB foi a criação da revista Relações Internacionais que publicou trabalhos e artigos originais de autores brasileiros e traduções de importantes autores estrangeiros.

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